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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Vila Áurea mais triste, morre Gilliard uma promessa da música



      Um rapaz como outro qualquer
que tem um sonho, mas que diferente de muita gente caminhou em direção dele, com força, com garra e que gostava de compartilhar a alegria de suas composições com os outros amigos. Assim era Gilliard Otero de 20 anos, um brasileiro jovem que tinha na música sua maior inspiração.
Desde pequeno sua tendência para a arte musical já começava a ser percebida, ele até tentou caminhar por outros caminhos, porém era na música que  encontrava seu ponto de equilíbrio. Compositor nato Gilliard conseguiu até mesmo produzir alguns trabalhos com valor aclamado e era orgulho de seus pais e seus dois irmãos e 4 irmãs.
Na madrugada de terça-feira um fato acabou tirando do músico promissor sua esperança de futuro, sua musicalidade, sua vida. Gilliard não tinha inimigo e mesmo morando num local marcado por estigmas de violência não era alvo de antipatia de ninguém, porém de uma forma abrupta ele despediu-se da existência humana, um erro no manuseio de uma arma de fogo que estava de posse de outro rapaz fez com que o músico ficasse, a principio gravemente ferido tendo sido atingido no abdome, após o incidente o cantor foi conduzido ao Hospital de Vicente de Carvalho, durante todo o percurso e ainda no local do atendimento ele mantinha a música da vida no olhar, porém em pouco tempo o ultimo acorde produzido pelo coração do artista cessou, Gilliarde morreu.
No dia seguinte, 17 de outubro, Vila Áurea amanheceu mais triste era quinta feira, alguns poucos amigos, não por falta deles, mas pelo impedimento do horário, 9h00min, período em que a maioria dos conhecidos estava trabalhando, compareceram para a última homenagem, ao som de uma de suas composições o jovem que queria ser cantor esteve acima do solo da existência pela ultima vez. No exame feito pelo IML a constatação, ele estava como sempre, limpo, não consumia drogas ele saiu da vida como entrou nela limpo.
Aos seus pais e irmãos o consolo de saber que tudo o que acontecera com seu mais amado ente familiar foi uma triste fatalidade. A vida continua e como na música de outro Gilliard, um pouco mais famoso ao olhar para cima sua família parece ouvi-lo dizendo: “aquela nuvem que passa lá em cima sou eu”.

Haroldo Ribeiro

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