Nos anos 1970 e 80 houve uma massificação
do consumo de leite, fazendeiros acordavam pela madrugada e tiravam o leite das vagas, muitos deles pelo processo mais rústico possível, após ordenhar as vacas o produto seguia para uma central de refrigeração que fazia o leite ficar numa temperatura que ajudava em sua conservação, dali ele era embalado em sacos plásticos e era embarcado em caminhões para todas as grandes e médias cidades. Nas padarias e supermercados o consumidor podia escolher entre tipo B, com mais gordura e o tipo C, menos encorpado e mais consumido pelos pobres.
Embora a Tetra Pak já esteja no Brasil desde 1957, foi nos anos 90 que ela começou a popularizar-se tornando-se praticamente absoluta nas prateleiras de todos os varejos do país este império já dura mais de 20 anos sem mudança, certo? Errado uma indústria nacional gastou cerca de 12 milhões na confecção de uma embalagem que fizesse frente a soberania Tetra Pak de origem sueca, a brasileira Plastrela agora tem tudo para dominar o mercado e voltar o tempo nostálgico das embalagens plásticas que deu início a tudo isto.
Nesta história toda está o consumidor que adora economizar, na prática ele vai encontrar o mesmo produto que na embalagem retangular custa cerca de 2 reais por mais ou menos 1,75, ou seja, a cada sete litros comprados o cliente leva um a mais. Em Vicente de Carvalho, Distrito do Guarujá, pode-se encontrar a marca Colaso, produzida em Sorocaba pelo valor citado na Rede Extra de Supermercados. Muito provavelmente vai haver uma retaliação da gigante europeia, porém se cair no gosto do povo será tarde demais para reverter e os muitos milhões que saem do país todo o ano deverão ficar por aqui, gerando mais empregos e renda na terra Brasilis.
Haroldo Ribeiro
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