Corno, chifrudo, galhudo, boi,
estes são
nomes populares dados ao homem que é traído pela mulher no Brasil. Embora as
mulheres também sejam traídas e ao que tudo indica muito mais do que dão o
troco é nos homens que o estigma é mais forte e o sarro é maior.
A cada tempo surgem novos nomes para esta coisa que é ruim, a bola da vez é o
nome Tufão, o personagem da novela global de horário nobre, ele é casado com
uma mulher escamoteável que o traí dentro de sua própria casa e sem o seu
conhecimento (óbviu). Não demorou muito para que o nome Tufão virasse um palavrão por
estas bandas.
Em várias partes do país se alguém chamar o outro de corno pode ser morto à
faca ou à bala é um nome desonroso que a maioria não gosta de conviver.
Se há os que não gostam de serem chamados de corno também existem os que gostam e
até se divertem com as gozações. Em Porto Velho está a maior associação de
cornos do Brasil, a ASCRON (Associação dos Cornos de Rondônia), a entidade visa
dar atendimento psicológico aos cornos do estado, que não são poucos, para que
eles não acabem com a própria vida. Pedro Teixeira, presidente da Associação
disse que tem “corno que fala em pular de prédios, esquecendo que o que ele
ganhou foi um par de chifres e não duas asas”. O número de cornos associados na
ASCRON chega à casa dos 5400 sócios aproximadamente.
Costuma-se dizer que o homem é o ultimo a descobrir que é corno, isto se deve a
reação bruta da maioria que prefere acreditar na mulher do que nos mais
próximos amigos.
Se por um lado existe um corno, que quase sempre sai feio na foto, do outro
lado da história está o que se aproveita da situação e consola a mulher alheia.
Ele também leva vários nomes: Ricardão, Zorro e Pé de Pano são alguns deles
dados a esta figura dantesca cantada em verso e prosa nas músicas e poesias
deste Brasil gigante.
Existem canções que rotulam um corno, o brega é um dos estilos musicais mais
ouvidos pelos cornos do Brasil. Amado Batista, Odair José e o campeoníssimo nas
paradas
Reginaldo
Rossi são os ícones brasileiros da cultura corna.
Entre os que faturam alto com a cornice nacional estão os fabricantes de
caninha, ou mais conhecida como cachaça. Velho Barreiro, Ypioca, 51, 61 entre
outras faturam alto com a traição feminina, a cerveja também é vendida em
grandes quantidades, mas a cachaça é a grande campeã. Depois de traído o
homem-corno se afoga na cachaça tentando romper o rótulo de corno.
Para quem não gosta de ser corno, a grande maioria da população, melhor é nem
tocar no assunto, os Tufões do Brasil se avolumam e a cada vez vão crescendo em
número, as mulheres aprenderam a fazer de forma mais sutil, é mais difícil
descobrir, eis a razão do porquê de muitos morrerem e não descobrirem, já do
lado dos homens o crime é bem mais fácil de ser descoberto, o japonês que foi
esquartejado que sirva como exemplo. Para não receber o nome indesejado de corno,
algumas dicas devem ser seguidas, todas preventivas:
1º Evite
casar com mulher quenga, as dadas antes costumam continuar depois, há exceções.
2º Se
tiver condições prefira mulher que seja virgem, mas é bom saber que é difícil
de achar, nunca vão te comparar com outros porque não tiveram outros.
3º
Procure saber se a mãe da sua futura já corneou o marido, arvore defeituosa
costuma dar fruto ruim. Há exceções.
4º
Desconfie das muito certinhas, quem não fala com ninguém, fica vermelha com
certos tipos de conversa e parece uma santa em pessoa, pode esconder um
chifradeira em potencial.
Se seguir todos os conselhos e ainda assim for chifrado, na associação de
cornos Porto Velho há vagas
Haroldo Ribeiro
Haroldo Ribeiro
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